Decomposing Banking Spreads: a Structural Approach
Estendemos um modelo de equilíbrio geral dinâmico com fricções financeiras para quantificar a importância relativa dos elementos que compõem o spread bancário. Nosso modelo contempla os principais componentes destacados na literatura: risco de crédito, poder de mercado dos bancos, impostos e custos operacionais. Um setor bancário imperfeitamente competitivo intermedia fundos entre depositantes e tomadores de empréstimos. Os bancos enfrentam risco de crédito, pois os tomadores de empréstimos podem se tornar insolventes e não pagar seus empréstimos. Ajustamos os parâmetros do modelo para alinhar com a economia brasileira, que possui um dos spreads mais altos do mundo. Quando calibrado, o modelo indica que os custos administrativos e o risco de crédito são os componentes mais substanciais do spread. Entre outros contrafactuais, mostramos que se a taxa de recuperação de crédito brasileira melhorasse para o nível dos EUA, o spread diminuiria em aproximadamente 13% do seu valor de equilíbrio.
Guilherme Gomes Luz.
Orientador: Carlos Viana de Carvalho.
Banca: Marco Bonomo. Yvan Becard.